sexta-feira, 30 de agosto de 2013

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Análise - Marketing e criatividade

Entra campanha, sai campanha e sempre me vejo mais preocupado e intrometido com os processos criativos da publicidade e design do que eu provavelmente deveria. Essa compulsão tem um fundo de lógica e a razão sobre esse apreço aos desdobramentos criativos que sucedem o planejamento de marketing é que pretendo legitimar.

Como se já não fossem demasiadas as responsabilidades de análise de dados, desenvolvimento de data base marketing, estratégia e análises de números referentes ao desempenho de trade marketing, marketing de relacionamento, 3Ps, 6Ps, 8Ps, 16Ps, Precificação, P&D, S.I.M., lucro e as finanças, C.M.V., gestão de equipes, eventos e por aí adiante, ainda há quem pense, no caso eu, que o marketing também deve se intrometer na criação de uma campanha. Mas como assim, na criação? Sim, na criação.



Al Ries & Jack Trout destacam em seu livro “Posicionamento” que a estratégia deve ser construída no canteiro de obras lamacento do mercado em vez de no ambiente asséptico de uma torre de marfim. Logo, esse tal domínio das percepções surgidas da lama, das entranhas e dos limites desse “canteiro de obras” se trata de um conhecimento e sensibilidade que só será praticável por aquele que estiver completamente imerso na empresa . Por mais criativo e esforçado que possa ser um fornecedor, este nunca terá acesso aos meios que aderem ao marketing interno – essa propriocepção; e também nunca terá uma noção exata da temperatura e profundidade da lama por não ter tempo para isso.

Talvez esse seja o elemento que mais daria vantagem a essa célula interna, a esse departamento de marketing tão sensível a tudo que acontece interna e externamente a empresa. Uma vantagem muito escandalosa para não ser aproveitada, uma vantagem que muito melhor seria aproveitada se existisse a cultura de que o marketing também precisa de seu viés criativo verdadeiramente aflorado.

Concordo com a colocação de P. Kotler quando diz no livro “Marketing de A a Z” que a arma decisiva para a vitória mora na criatividade, mesmice tornou-se irrelevante e as grandes empresas se destacam pela singularidade. A singularidade exige uma cultura que celebre a criatividade, logo a primeira medida dela é a admissão de pessoas naturalmente mais criativas e, principalmente, dando-lhes liberdade de ação. É a partir daí que surge meu argumento de que um departamento de marketing mais forte é um departamento de marketing mais criativo. Isto aliado também ao domínio dos demais elementos que compõem os conhecimentos necessários para o bom desempenho da área. A criatividade seria o fator de desequilíbrio benigno frente aos demais departamentos de marketing da concorrência.




Segundo Kotler & Keller no livro “Administração e Marketing”, o marketing é o processo social pelo qual as pessoas ou grupos adquirem o que necessitam e desejam por meio da criação, da oferta e da livre troca de produtos e serviços que possuem valor com outros, ou seja, este tema envolve a identificação e a satisfação das necessidades humanas e sociais. Então, trabalhar com essa construção de valores e de reciprocidade de experiência é, sobretudo, uma tarefa humana e projetual. O marketing é por natureza um departamento sensível e reflexivo e estas características são premissas inerentes à arte e ao artista. Sendo assim, é difícil imaginar a dissociação dessas práticas no exercício de construção de estratégias de sensibilidade.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Posso ajudar? Cuidado com a suposta ajuda no interior dos bancos.

A Polícia Federal desarticulou em São Paulo uma quadrilha especializada em clonar cartões de crédito e débito de clientes da Caixa Econômica Federal.




Os suspeitos eram funcionários terceirizados e trabalhavam no atendimento aos correntistas, na função "posso ajudar?".

Segundo o delegado Fabrício Costa, do Grupo de Repressão a Crimes Cibernéticos, os golpistas agiam desde julho de 2012 e causaram prejuízo de ao menos R$ 5 milhões ao banco.



Anteontem, na operação "Posso ajudar", nove suspeitos foram levados para depor e liberados --a Justiça não determinou prisão preventiva.
"Os funcionários auxiliavam os clientes nos terminais de autoatendimento. Decoravam ou anotavam as senhas, clonavam os cartões e faziam saques ou transferências."
Os suspeitos vão responder em liberdade por furto mediante fraude, formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro. Com eles, foram apreendidos computadores e equipamentos usados na clonagem.

A Caixa Econômica Federal informou que os envolvidos eram funcionários terceirizados, foram afastados e que não houve prejuízo para os clientes.

O banco disse ainda que mantém monitoramento de imagens das salas de autoatendimento e colaborou com a PF fornecendo as informações solicitadas.